O
topo da carreira pode ser solitário. Em cargos superiores a cultura ainda é
dominada pelos homens e essa experiência de solidão é assustadora ao ponto de
colaborar para a evasão de cérebros femininos do alto escalão das empresas. Estudos
indicam cinco aspectos que atrapalham a continuidade da carreira de sucesso das
mulheres bem como a sua felicidade trabalho:
Networking fraco
A
dupla jornada que muitas mulheres enfrentam é um fator limitante para o
investimento na rede de contatos. Para as mulheres há uma cobrança interna
maior. Elas ficam na dúvida entre sair para jantar com os colegas de trabalho
ou jantar com seus filhos em casa, por exemplo.
E,
depois de encarar um expediente longo, as executivas, em geral, preferem ir
para casa, onde esperam seus filhos, marido. Além disso, apesar dos inegáveis
avanços culturais, grande parte das tarefas domésticas ainda é prioritariamente
responsabilidade delas.
Com
tudo isso em mente, é mais raro encontrar tempo para happy hours ou para eventos e reuniões informais fora do horário de
trabalho.
A
regra geral do networking é “quem não é visto não é lembrado” e falando desses
aspectos os homens acabam saindo na frente, já que são menos vítimas desta
cobrança interna ou externa por mais tempo em casa. Deve-se planejar e
balancear a agenda para deixar um espaço e investir no networking sem que isso
signifique prejuízo para as relações familiares.
Contar com um único
mentor
Mulheres
têm propensão a manter um único mentor profissional, geralmente encarnado na
figura do chefe. Esse aspecto vem desde a escola: enquanto as meninas geralmente
gravitam em torno de uma única amizade (da melhor amiga), os meninos crescem em
turmas e times.
O
homem navega melhor pelo ambiente profissional, faz mais alianças, enquanto a
mulher é mais leal ao seu único mentor. Uma possível solução pode ser o fato de
que as mulheres podem pedir conselhos pontuais a profissionais de todos os
níveis, (de júnior a sênior), para resolver questões específicas.
Pouca credibilidade
O
endurecimento das reações e a intransigência das manifestações são mecanismos
de defesa usados por mulheres em altos cargos executivos. Outras, para evitarem
erros preferem seguir carreira de especialista ao invés de disputar os cargos
de gestão.
Ao
chegar ao topo a mulher se impõe, para poder se sobressair ela tem que ser a
mais eficiente, mais dura, mais assertiva e se posicionar de forma mais
objetiva. Este tipo de reação não traz a almejada credibilidade que a cadeira
de líder requer. O aspecto político geralmente presente nos homens é mais
efetivo neste sentido. Mesmo que ele não seja o melhor, seja apenas bom, ele
continua crescendo. A credibilidade é uma consequência de um trabalho bem feito
e de uma reputação profissional bem cuidada.
Falta de autenticidade
Líderes
autênticos são marcantes. O que acontece é que muitas mulheres acabam perdendo
a autenticidade na tentativa de criar um clima mais confortável entre seus
colegas homens. Elas acabam criando uma máscara, mas em longo prazo começam a
se questionar se vale ou não a pena. Este comportamento adquirido é estimulado
pela insegurança, mas a nova maneira de agir pode prejudicar a imagem
profissional.
É
preciso prestar atenção para não demonstrar ser o que não é. A sinceridade no
modo de agir é sempre o melhor caminho.
Solidão
Esse
aspecto consiste na sensação de ser um “peixe fora d´’água”. Entre colegas
homens, a mulher se sente sozinha. A falta de autenticidade na maneira de se
comportar só vem a reforçar o sentimento de solidão dentro do grupo. Para
amenizar esse sentimento, elas devem ter consciência para experimentar dele e
ser esse o primeiro passo para reverter o quadro.
Fonte: Exame.com
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