Há algum tempo, a
palavra resiliência deixou o campo da Física e ganhou importância como atributo
pessoal em processos de seleção e de avaliação de profissionais. Usado para identificar aquelas pessoas
que conseguem superar dificuldades e desafios e se fortalecerem a partir destas situações adversas, o conceito
de resiliência sempre esteve ligado à capacidade de flexibilidade de objetos e
materiais que voltam ao estado natural após sofrerem pressão, como é o caso de
uma mola, por exemplo. A importância da resiliência para carreira é grande. No fim do dia, quem cresce
na empresa, além de ter competência, é quem, de fato, é resiliente.
O teste, elaborado pelas especialistas
Tábata Cardoso e Maria do Carmo Fernandes Martins, tem como base uma escala de
fatores - chamados de pilares - que contribuem para um comportamento potencialmente mais resiliente. Por
ser uma qualidade que depende de fatores também externos, como educação,
família e vivência, o teste não indica se o profissional é ou não resiliente,
mas mostra a força das estruturas internas que apoiam este tipo de atitude.
Confira quais são os pilares comportamentais em jogo na resiliência:
Encarar
mudanças e dificuldades como oportunidades
É o que o teste identifica como
aceitação positiva de mudança. É aceitar que a mudança é uma oportunidade de
crescimento e que as adversidades enfrentadas trazem essa possibilidade.
Autoconfiança
É um comportamento relacionado à
segurança que o profissional tem para encarar as diversas situações que se
apresentam. É a pessoa se sentir confiante para enfrentar desafios.
Autoeficácia
Refere-se à percepção que a pessoa tem
da sua própria capacidade. É acreditar na competência, se sentir capaz. Muitas
vezes a pessoa pode até não ter potencial alto de inteligência, mas se tiver
autoeficácia vai se esforçar além do normal para compensar eventuais
deficiências.
Bom Humor
Neste contexto é analisada a capacidade
de cada um de usar o bom humor para lidar com momentos de stress. Essas se
esforçam para tornar o ambiente mais leve em situações difíceis.
Controle
emocional
Ataques de ira não são próprios das
pessoas flexíveis. Uma reação desproporcional mostra uma falta de resiliência.
Ter esse controle permite ao profissional agir com mais calma e a não perder o
foco, conseguindo expressar adequadamente suas emoções.
Empatia
Saber se colocar no lugar do outro é
essencial para minimizar e solucionar conflitos, segundo os especialistas. No
ambiente de trabalho, as relações podem ficar desgastadas porque são intensas e
frequentes, por isso a importância da empatia é extrema.
Independência
É um conceito bastante próximo da
autonomia. Pessoas independentes não se isolam mas também não são dependentes
dos outros para desenvolver suas tarefas, atividades e projetos.
Otimismo
As pessoas com esta característica têm
esperança no que está por vir em suas vidas. Mas não significa que não se
preocupem com o futuro.
Reflexão
Ter a capacidade de analisar e refletir
quando o mundo está desabando ao seu redor é um dos pilares que apoiam uma
pessoa de atitude resiliente. Geralmente pessoas assim conseguem encontrar as
melhores soluções para problemas.
Sociabilidade
Está ligada ao bom relacionamento
interpessoal. Quem tem esta característica consegue criar vínculos com as
outras pessoas além de apoiar e ser apoiado pela equipe.
Valores
positivos
Pessoas que seguem seus valores e
princípios acabam sendo mais resilientes. Não se trata de qual valor a pessoa
tem e, sim, da importância que ela dá a eles. Cada um tem seus próprios
valores, ter essa orientação é que é muito importante.
Por: Camila Pati
Fonte: Exame.com
Disponível aqui.
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